sábado, 23 de janeiro de 2010

Fim

A Praça Onze vista de cima parecia uma maquete. Vazia, limpa, organizada e artificial como uma maquete.
O play do prédio da frente com sua piscina destacada fazia com que eu o comparasse a um hotel qualquer que possui área de lazer. A churrasqueira ali tão bem posicionada à direita me transmitia uma sensação de felicidade, mesmo que eu estivesse longe, olhando de lá de cima, do décimo primeiro andar e não tendo acesso a nada.

Se eu tivesse visto aquela piscina e aquela churrasqueira como apenas dois objetos de uma área de lazer de um prédio residencial, nenhuma sensação eu teria sentido. Mas foi exatamente a conotação de hotel que eu dei àquele play que me fez sentir felicidade. Imaginei uma viagem, um futuro, imaginei uma felicidade e em seguida a senti.
E então fechei a janela e voltei pra vida. E ela havia ficado bem melhor desde então.

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